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Financiamento de litígios na Hungria: capital estratégico numa jurisdição continental

O financiamento de litígios por terceiros (third party funding) é uma ferramenta legal cada vez mais utilizada para facilitar o acesso à justiça, redistribuir riscos e transformar disputas complexas em oportunidades de recuperação econômica. Na Hungria, país com um sistema judicial sólido e uma tradição jurídica de direito civil, o modelo ainda é incipiente, mas apresenta um potencial significativo, especialmente em litígios comerciais, arbitragens e reivindicações de grande escala. A Loopa, como fundo internacional com experiência regional, posiciona-se para acompanhar essa evolução, oferecendo capital, análise legal e uma abordagem estruturada.

História do financiamento de terceiros na Hungria

Em comparação com outras jurisdições europeias, a Hungria teve uma adoção mais lenta do financiamento de terceiros. O modelo não foi amplamente utilizado localmente e, por muitos anos, foi praticamente desconhecido pela maioria dos operadores jurídicos do país. No entanto, isso começou a mudar. O crescente envolvimento de empresas húngaras em disputas transfronteiriças, o desenvolvimento da arbitragem comercial, a maturação do ecossistema legal e a exposição ao ambiente jurídico europeu geraram um novo interesse por ferramentas que permitam avançar litígios sem imobilizar recursos próprios. Escritórios de advocacia internacionais e estudos locais sofisticados começaram a explorar o modelo como uma alternativa viável em casos de alta quantia e duração incerta. Neste contexto, a Loopa se apresenta como um parceiro pioneiro que introduz o financiamento estruturado no país, adaptando um modelo comprovado às características do quadro jurídico e processual húngaro.

Marco legal: compatibilidade com o direito civil húngaro

A Hungria adota um sistema de direito civil, e seu Código Civil (Ptk.) reconhece expressamente a autonomia da vontade e a liberdade contratual. Isso permite que as partes celebrem acordos privados — incluindo os de financiamento de litígios — desde que não infrinjam normas imperativas ou princípios de ordem pública. O direito húngaro permite a cessão de créditos, mesmo que estejam sujeitos a litígio, o que fornece uma ferramenta chave para estruturar a relação entre financiador e cliente. Além disso, embora existam restrições para advogados em relação a acordos de honorários exclusivamente condicionados ao sucesso (quota litis), essas limitações não se aplicam a terceiros não advogados. Portanto, os financiadores podem assumir riscos e participar do resultado sem violar normas éticas ou processuais. Esse arcabouço legal permite que a Loopa opere na Hungria com total legalidade, respeitando a independência do advogado, a confidencialidade do caso e o controle do cliente sobre a estratégia processual.

Aplicação em arbitragem: Hungria como sede regional emergente

A Hungria conta com uma lei moderna de arbitragem baseada na Lei Modelo da UNCITRAL e é signatária da Convenção de Nova Iorque, o que garante a execução de sentenças internacionais e promove a arbitragem como alternativa eficaz à justiça estatal. O principal centro arbitral do país é a Corte Permanente de Arbitragem na Câmara de Comércio e Indústria da Hungria (HCAC), sediada em Budapeste. Esta instituição administra arbitragens nacionais e internacionais sob regras modernas e tem começado a atrair disputas de setores como energia, infraestrutura, comércio e tecnologia. O financiamento por terceiros é cada vez mais aceito na arbitragem internacional e, embora seu uso em arbitragens com sede na Hungria ainda seja limitado, não existem barreiras legais para sua aplicação. As partes podem recorrer a um financiador como a Loopa para cobrir os custos do processo: honorários legais, perícias, traduções, taxas institucionais e mais. Além disso, a participação de um fundo especializado melhora a posição estratégica do demandante, projetando solidez financeira e aumentando a capacidade de resistir a táticas dilatórias ou propostas de liquidação desfavoráveis.

Aplicação em litígios judiciais: aliviar o fardo de processos longos.

O sistema judicial húngaro é estruturado e profissional, mas como em muitas jurisdições, os litígios civis e comerciais de alta quantia podem se estender por vários anos, especialmente em processos com apelações ou perícias complexas. Essa duração, somada aos custos legais acumulativos, pode desencorajar empresas ou pessoas com recursos limitados, mesmo que tenham um caso com méritos. Aqui é onde o modelo da Loopa agrega valor: monetizando o litígio. Isso significa que o cliente recebe um adiantamento do valor econômico estimado da reivindicação e pode utilizar esse capital hoje, sem esperar pela sentença definitiva. Além disso, a Loopa assume o risco: se o caso não for bem-sucedido, o cliente não reembolsa o financiamento. Esse modelo permite avançar com força em disputas contratuais, execuções, ações contra o Estado ou litígios com impacto internacional, sem que o fator econômico seja um impedimento. Também contribui para profissionalizar a estratégia legal, ao permitir a contratação de especialistas técnicos ou a manutenção de recursos de apelação quando necessário.

Conclusão: uma ferramenta moderna para uma jurisdição em evolução

A Hungria reúne as condições jurídicas necessárias para que o financiamento de litígios se desenvolva: um quadro legal sólido, abertura à arbitragem, cessão válida de direitos litigiosos e crescente interesse por soluções que reduzam o impacto financeiro dos litígios prolongados. Loopa se apresenta como um ator chave para introduzir o modelo de forma estruturada no país, com uma proposta clara, segura e respeitosa dos princípios do direito húngaro. Seja em arbitragens complexas ou em litígios judiciais estratégicos, Loopa oferece capital, acompanhamento e visão jurídica para transformar um conflito em uma oportunidade de recuperação. Porque na Hungria, como em toda a Europa Central, o acesso à justiça também depende do acesso a financiamento profissional.

Nossa equipe húngara
Comercial
Ignacio Delgado